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Aquilo que nós achámos da F8 2018

Ahhh, a F8! Quem nunca? Sim, é verdade, a semana passada tivemos a bela da F8 aka a conferência de developers do Facebook aka a conferência onde o Facebook diz as coisas fixes que anda a fazer. Nós adoramos a F8 porque, por um lado, podemos perceber todas as funcionalidades novas que vêm aí e, por outro, porque podemos ouvir os discursos mega naturais do Mark. A sério, ninguém diz ao senhor que ele parece um robot a falar? É por estas e por outras que depois a internet cria coisas como os Zuck Memes.

Sem dúvida que a F8 é uma conferência importante para quem trabalha em redes sociais. Mais do que não seja para saber o que vai acontecer este ano no Facebook, Instagram, Messenger, etc… Já a minha experiência de F8 normalmente resume-se às seguintes frases:

“Isto vai ser fixe! O quê, eles vão fazer mesmo isso? Mas nunca na vida alguém vai usar isto! O quê? Pensava que isto já existia. As stories agora vão para onde? Quando é que chega a parte do VR? O Zuck está mais pálido este ano. Ehhh, que coisa mais inútil! Fogo, mas isto é brutal! Estes avatares do VR continuam super creepy. Não entendi nada mas parece ser muito fixe. Nunca vou conseguir ver estes vídeos todos. O quê, ver a F8 não conta como trabalho?”

 

O Facebook está um bocado stressado com a privacidade

Desde o incidente da Cambridge Anlytica que o Facebook parece ter fritado a pipoca quanto a isto dos dados. E eu sou a primeira pessoa a dizer que o Facebook devia ter mais controlo sobre os dados que fornece às aplicações. Mas vá lá, ter o processo de aprovação de novas aplicações congelado durante mais de um mês por causa disto é um bocadinho excessivo. Aliás, este assunto da revisão das aplicações é algo tão ridículo que a primeira coisa que o Mark disse foi que o processo de revisão ia voltar a abrir. Logo seguido de um agradecimento à comunidade de developers e a umas palmas nada naturais que vão ficar para a história.

O primeiro grande tópico a ser tratado na keynote foi o impacto que a plataforma tem nas eleições dos vários países. O Facebook está a desenvolver novas ferramentas de AI que permitem detectar estes ataques de desinformação e destruir com maior rapidez estas contas falsas. No entanto, só é pena o Facebook estar apenas focado na parte de eleições, muito por ser a vertente com maior exposição mediática. Quanto ao assunto das click/like farms que afetam todos os dias a rede, nem uma palavra.

Algo que nos pareceu muito interessante foram as novas ferramentas de transparência de anúncios, já lançadas no Canadá. A partir de agora vai ser possível ver quem está a fazer um anúncio politico, quem é o target desse anúncio, quanto é que está a ser investido e que mensagens estão a enviar para diferentes pessoas. Se por um lado isto parece ser interessante em termos de transparência, para o eleitor, será muito mais fácil ver o que o partido concorrente está a fazer e simplesmente replicar a estratégia. Este tipo de transparência é muito superior a qualquer outro meio de comunicação e isso pode efetivamente mudar a forma como os partidos utilizam anúncios na plataforma.


Ainda relativamente ao tema das fake news, o Facebook anunciou também que tem actualmente mais de 20.000 pessoas a fazer revisão de conteúdos. A nossa reserva aqui prende-se sempre com a escalabilidade deste tipo de iniciativas e como é que isto se aplica ao resto do mundo. Em Portugal, por enquanto, ainda não avistamos nada disto, mas podem andar por ai uns reviewers mais escondidos.

Para finalizar, o Facebook apresentou uma das novidades que mais impacto pode ter tanto para os utilizadores e para as marcas: o botão de apagar o histórico do Facebook. A ideia é, no fundo, replicar o efeito de apagar os cookies e o histórico de um browser, mas aqui aplicado ao Facebook. Este efeito é extensível a todas as aplicações e websites com que o utilizador interagiu. Parece uma ideia óptima, pois dá muito maior controlo aos utilizadores sobre a sua informação. Por acaso isto também é uma obrigação do GDCR, o que tornava uma funcionalidade deste tipo bastante previsível. Mas depois de ouvir isto fiquei com uma pergunta. Então e o retargeting? Sim, aquela “ferramenta” que faz com que as campanhas de marketing digital realmente funcionem… Ok, eu sei que estou a exagerar, mas de facto se for possível apagar todo o histórico de dados que o Facebook tem, incluindo outros sites e apps, então isso quer dizer que uma pessoa pode desaparecer de uma audiência de retarget?

Yup, também fiquei com essa ideia. Enfim cá estaremos para ver o que vai acontecer, e também sabemos que a grande maioria das pessoas não vai estar sempre a apagar o seu histórico do Facebook. Ou assim eu espero O_O.

 

Parece que precisamos MESMO assim de tanto das stories

A plataforma que colocou stories em tudo quanto é sítio estima que a utilização do stories vai ultrapassar a utilização do feed algures durante o próximo ano. Parabéns, pessoal! Chegámos aqui! Conseguimos! Estamos a usar stories como se não houvesse amanhã. Obrigado Snapchat?? Agora, só uma coisinha: Facebook, dá para meter links nesta brincadeira ou não? É que chegar a 10K de seguidores no Instagram é um martírio. Eu até gosto das stories, mas sinto sempre falta daquele tráfego simpático. Há um ano andávamos a perguntar-nos sobre isso, se fazia sentido ter assim tantas stories em todas as plataformas. A resposta, um ano depois, é claramente que sim. Estou mesmo a ver que daqui a mais uns anos todas estas aplicações vão ser apenas um feed de stories.

Uma das maiores revelações relacionadas com as stories é a possibilidade de integrar este conteúdo com “third party apps”. O que é que isto quer dizer? Muita malta (incluindo nós) deu a notícia sobre a possibilidade de share do spotify para o stories, o que até é fixe tanto para os users como para as marcas. No entanto, o potencial disto é muito maior.

A possibilidade de integração do stories com aplicações é algo transversal, no limite, todas as aplicações vão ter a possibilidade de fazer isto. As possibilidades são infinitas e o tipo de conteúdo que vai ser possível partilhar numa story vai ser muito maior. Isto parece ser algo muito positivo, mas teremos de esperar para perceber se esta possibilidade vai estar disponível a todas as aplicações e quais serão a limitações desse share.

 

Grupos de Facebook vão ficar ainda mais fortes

Os grupos já estavam a ser altamente beneficiados no feed quando comparados com as páginas. Já este ano foram anunciadas novas ferramentas para a gestão de grupos com o objectivo de tornar a vida mais fácil para os seus administradores. Mas o que aí vem é muito mais interessante. Para todos aqueles que pensavam que já não há mais nenhum lugar onde colocar stories, temos uma novidade: os grupos de Facebook também vão ter histórias próprias.

Sim, é mesmo verdade, e até parece fazer algum sentido. Temos uma comunidade fechada onde só apenas algumas pessoas vão poder ter acesso ao conteúdo, ou seja, será possível dar mais contexto às stories, focando-se mais em algo que realmente interessa àquele grupo em específico. Pelo menos, é esta a lógica que eu vejo. Se depois é possível criar esse tipo de diferenciação, isso estaremos cá para ver. Para nós, pessoal do chamado marketing digital, isto abre novas portas para a distribuição de conteúdo, dando-nos uma maior capacidade de partilhar conteúdos de stories para fora de uma rede primária.

A posição dos grupos na app também vai mudar, ficando agora muito mais destacados e fáceis de aceder, com o Facebook a criar também um botão de “join group” para colocar fora da plataforma. Um pouco como os anteriores botões de like e follow page. Sinceramente, acredito que estes botões já não são assim tão usados como no princípio da plataforma, no entanto, é sempre bom ter mais opções em termos de expansão de comunidade.

 

A nova Explore page parece fazer sentido

Não queria muito falar de instagram, mas lá terá de ser. Ao que parece, o separador do Explore vai ser alterado. Isso não quer dizer que o separador vai fugir; apenas vai ter uma mudança fundamental que será muito positiva para várias pessoas e muito pouco positiva para outras tantas. O feed de Explore vai ser dividido em categorias, ou seja, em vez de termos um feed global onde todas as publicações concorrem, temos vários pequenos feeds focados em interesses distintos. A ideias fundamental é bastante positiva. Exemplificando, existem várias pessoas que metem publicações sobre viagens; assim, basta-me ir ao feed das viagens e todo o conteúdo é sobre esse assunto. Isto vai segmentar o conteúdo, dando por isso maior oportunidade a quem partilha conteúdos focados num assunto em específico. Na minha opinião, isto vai aumentar a descoberta de outros instagrammers dentro de uma área de interesse. Para dizer a verdade, sempre achei a parte do Explore um feed muito relevante, pois as únicas publicações que lá aparecem são maioritariamente de instagrammers de viagens ou moda. Isto tem muito a ver com o facto de serem este o tipo de utilizadores com um conteúdo mais abrangente e que apela a mais pessoas, o que torna a concorrência para o feed de Explore um grande pesadelo.

Mas quem fica a perder com isto? Provavelmente os instagrammers maiores que conseguiam chegar facilmente ao Explore, pois o público agora será muito mais dividido. Para todos os outros, abre-se aqui uma boa oportunidade para crescer, ou assim esperamos.

Já estou a acreditar mais no VR  (o melhor da F8 2018)

Então cá estamos nós novamente a falar de VR. Ainda foi há algumas semanas atrás que escrevi sobre tendências deste ano, onde disse que não acreditava que este ia ser o ano do VR. Bem, essa minha opinião não mudou, mas esta F8 ajudou-me a acreditar mais que a era do VR está a aproximar-se. Já na F8 do ano passado tínhamos começado a perceber a resposta a uma pergunta que eu já me andava a fazer há anos: “Por que raio o Facebook comprou a Oculus?” Para quem não está familiarizado, a Oculus foi umas das empresas (se não mesmo “a” empresa) pioneiras desta nova vaga de VR. A questão é que a Oculus sempre se focou em gaming; a campanha de crowdfounding dos Oculus rift tinha como mercado principal os vídeos jogos. Nada disso tinha, aparentemente, a ver com o Facebook. Eu sempre acreditei que o Facebook olhasse para o VR a partir de uma perspetiva mais social, ou como uma forma de socializar. Foi isso que aconteceu e hoje a missão da Oculus é “defy distance” ou “desafiar a distância”. Mas o VR tem um problema ainda grande. Ainda não existem muitas pessoas donas de um aparelho de VR. No fundo, o problema fundamental de muitas redes sociais. Se os meus amigos não têm um aparelho de VR, não vale a pena eu ter um. Para mim, um dos pontos fundamentais nesta transformação e que me deixa bastante confiante é o novo Oculus Go.

O Oculus Go tem vários aspectos muitas positivos. O ecrã é bastante grande e de qualidade superior ao da versão anterior, é super leve e fácil de transportar, tem colunas incorporadas directamente no headset, o que faz com que os utilizadores não sejam obrigados a usar os phones, e, mais importante de tudo, custa apenas 219€. Ou seja, quase metade do valor da primeira geração de Oculus. Este factor é super importante, dado que a penetração no mercado destes aparelhos é factor fundamental para o seu sucesso. O preço destes aparelhos ainda é muito caro e isso afasta uma grande franja dos consumidores. Este novo headset é o produto de massmarket da Oculus, com o objectivo claro de chegar ao máximo número de clientes possível.

Claro que nada disto faria sentido sem novo software. O Oculus Go tem uma store com mais de 1000 jogos e aplicações, o que só por si já é muito bom, mas as novas experiências para entretenimento social desenvolvidas pela própria Oculus parecem bastante interessantes. A Oculus TV é no fundo uma TV, mas em VR, onde os utilizadores vão poder estar com os seus amigos a ver séries e filmes num ecrã virtual gigante. E sim, vai ter Netflix. A nova versão do Oculus Room vai trazer novas funcionalidades à aplicação. Vai dar para ouvir música enquanto estamos, por exemplo, a jogar um jogo de tabuleiro. O que eu acho mais interessante é a nova parceria com a Hasbro, que promete trazer o Monopólio e o Trivial Pursuit. Por fim, temos a Oculus Venues, que é provavelmente a experiência mais impressionante de todas. Dentro desta aplicação, o utilizador entra dentro de um anfiteatro gigante cheio de outros utilizadores, anfiteatro esse onde é possível assistir a eventos ao vivo como concertos ou jogos de futebol. A minha dúvida é apenas uma: se os streams de futebol na net já são tão lentos, será que ver estes eventos no Oculus Venues vai ser uma experiência agradável ou temos ainda de esperar alguns anos até começarmos a ter realmente qualidade na emissão?

Já sei o que vão dizer: “Epá, isso do VR é muito giro, mas o que é que isso tem a ver com o marketing?” Quanto a isso, só tenho uma coisa a dizer: esperem só até isto ter massa crítica e o Facebook começar a pôr anúncios por tudo quanto é espaço em VR que logo vêem o que tem a ver com o marketing. Estou a brincar. Apesar de acreditar que anúncios em VR são uma coisa que está destinada a acontecer mais tarde ou mais cedo, obviamente que quando o VR atingir um estado de maior maturidade na indústria novas possibilidades de conteúdo vão aparecer e isso pode abrir muitas oportunidades por explorar.

 

Em conclusão, muitos assuntos não conseguimos debater neste artigo, que já vai longo. Não falamos de AR, nem de AI, nem das coisas fixes que vão acontecer no Messenger e no WhatsApp. Como sempre, o evento foi muito interessante e é sempre importante perceber o que o futuro nos pode trazer. Claro que o sucesso de todas estas novas funcionalidades, programas e aparelhos será apenas ditado pelo tempo.

“Então mas não vais falar da cena do dating no Facebook?”  Epá, não, aquilo parece ser tipo o Tinder mas diferente. Sei lá… Isto é no fundo o Facebook a voltar as raízes.

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