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Facebook passa a impedir a edição de share links

Gestão de redes sociais | 18 Agosto 2017 | Hugo Picado de Almeida
Está em fase de roll-out a nova estratégia do Facebook no combate às fake news: a partir de agora, não mais será possível editar a imagem, o título ou o destaque em share link posts. O intuito do Facebook é impedir os publishers de induzirem os utilizadores em erro, aliciando-os a entrar em páginas que não espelham os conteúdos publicados na rede. A alteração vem, porém, alterar claramente a forma de trabalhar e pensar os conteúdos, e sobretudo dificultar o encaminhar de tráfego do Facebook para um site terceiro. Para marcas e agências, a alteração não é inócua.
O Facebook afirma que alguns publishers poderão continuar a editar este tipo de publicações se verificarem o domínio dos seus respectivos websites, mas esta opção estará apenas disponível, no entretanto, para grandes publishers seleccionados pela rede.

O pânico das Fake News acaba com edição de share links

Desde que Donald Trump ganhou as eleições e o Reino Unido disse “sim” ao Brexit, que se vive no Facebook uma obsessão com as “fake news” e o “clickbait”. A preocupação é não apenas legítima quanto de saudar, e deve procurar-se uma resolução para o problema. A abordagem do Facebook, na sua fatal obsessão, é que parece esquecer as marcas e agências que diariamente nele comunicam.

Se “fake news” e “clickbait” são maleitas inegáveis das redes sociais como hoje as conhecemos, é certo que mais nos EUA do que aqui, os remédios não devem poder matar o paciente. Ora, a abordagem que até ao momento o Facebook parece estar a preferir, uma espécie de mira alargada apontada a todos os produtores de conteúdo, como se qualquer página fosse um potencial suspeito, corre o risco não apenas de paralisar o paciente como sobretudo de permitir que a doença triunfe depois dele.

Uma solução de alvos errados

Como já tinha prometido no início do Verão, o Facebook está agora a fazer o roll-out do bloqueio de edições (de imagem, título e descrição) em “share link posts”, algo que estará concluído até meados de Setembro. Ou seja, se a marca X partilha um link do seu site (digamos, para um artigo do seu blog) no Facebook, não poderá editar nem o título nem a descrição, nem sequer a imagem do post no Facebook, tornando fixas as informações do site a que o Facebook fizer “crawl”.
O racional do Facebook é simples: impedir páginas e grupos de fazer posts que induzam os utilizadores em erro relativamente ao que vão ver do outro lado do link. Mais uma vez, porém, o Facebook parece esquecer a grande maioria das marcas e das agências, espécie de parente pobre sempre à mercê da intempérie. Sobretudo numa solução de resultados dúbios: um site dedicado a “fake news” pode muito bem redesenhar-se para continuar a acomodar as imagens que lhe interessa partilhar e assim sobreviver. Já o mesmo não é válido para a grande maioria das marcas que comunicam nas redes sociais e que nem têm qualquer obrigação de, em “sua casa”, fazer o design de imagens adequado ao formato do Facebook. Pior: o Facebook anunciou que algumas marcas poderão continuar a editar “share links” após fazerem uma verificação do url dos seus próprios websites, verificação essa disponível apenas para alguns dos grandes “publishers”.
A decisão torna-se ainda mais incompreensível quando o próprio Facebook, num link mal contextualizado dentro do aviso às empresas sobre a alteração do funcionamento dos “share links”, acaba afinal por dizer que, recorrendo ao Power Editor, habitualmente utilizado para anúncios, se poderão continuar a fazer posts nas páginas, com links para sites terceiros, com a devida alteração dos campos de texto e imagem… Fica, pois, a dúvida sobre as verdadeiras intenções do Facebook, camufladas sob o necessário padrão de ataque aos produtores e difusores de “fake news”. A intenção é apenas dificultar o trabalho a quem produz conteúdos? Ou levar mais marcas a optar por ads quando quiserem canalizar tráfego para os seus websites e lojas?
Seja como for, fica-se com um amargo de boca, e as explicações soam a pouco, sobretudo porque, com muita pena nossa, esta profunda alteração apresenta-se sem que nunca tenhamos chegado a ver implementado o sistema de “flagging” com que o Facebook primeiramente anunciou querer combater as “fake news”, dando a saber aos seus utilizadores sempre que um conteúdo era pela comunidade marcado como tal, permitindo a cada um fazer a escolha informada sobre os links que seguia.

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