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“O Resto da tua Vida”: uma grande sátira ou um documentário de grande qualidade com um toque humorístico? Verdade ou ficção? Através da análise de alguns dados vamos concluir que impacto tiveram as redes sociais para o sucesso desta série.
O ator de 32 anos, nascido no Porto, conheceu Carlos Coutinho Vilhena em Janeiro de 2018, quando teve de entregar uma pizza a casa do jovem comediante. Ao deparar-se com aquela situação, Carlos Coutinho Vilhena, decidiu convidar o ator para o seu novo projeto.
A verdade é que continua a existir uma imagem irrealista sobre a vida dos atores e ex-atores. Muitos acreditam que estes são seres intocáveis e com benefícios vitalícios, mas não é bem assim.
João André criou, há dois anos, a Bruta com oito amigos numa situação semelhante à sua. Esta é uma companhia para pessoas que vão à luta e estão cansadas das injustiças do mundo da interpretação. Palavras do mesmo: “Pá, estamos fartos de castings e audições que já estão escolhidas, estamos fartos de não podermos mostrar o nosso valor, então vamos nós criar o nosso espaço”.
Esta série é uma viagem documental, sobre a vida de um ator com a carreira em decadência. Encontra Carlos Coutinho Vilhena, um comediante em ascensão, que se compromete a relançar a carreira deste.
A série foi lançada, exclusivamente, em formato digital e toda a comunicação foi feita através das redes sociais. O sucesso tremendo catapultou-a, por consequência, para os formatos mais tradicionais (televisão, jornais, revistas, rádio, etc).
A análise em questão vai focar-se, especialmente, nos dados do perfil de Instagram de João André e no canal de YouTube de Carlos Coutinho Vilhena.
– Antes de “O Resto da tua Vida”: os seus posts tinham em média 600 gostos, tirando alguns casos raros de “contágio”. O último post antes de a série ser lançada contava com 1.214 gostos e 2 comentários. João André iniciou esta viagem documental com cerca de 2.000 seguidores no Instagram e há 3 anos que o valor não se alterava, a conta estava estagnada.
– Depois de “O Resto da tua Vida”: o primeiro post depois de a série sair conta com 11.000 gostos e 102 comentários. Em cinco dias atinge os 10.000 seguidores. Impressionante! Certo? E se te dissermos que no terceiro episódio já contava com 40.000 e que atualmente está acima dos 90.000 seguidores. Estamos a falar de uma conta que passou dos 2.000 seguidores para os 95.000 em menos de 3 meses. Quanto aos gostos, passou de 2.600 como post com mais gostos para 47.000. Sim, é verdade! Atualmente não se verifica uma queda acentuada de gostos após a série e o seu último post conta com quase 30.000 gostos. São valores, realmente, impressionantes se tivermos em conta o que se passava há cerca de 3 meses.
– 0 – o resto da tua vida – 174.000 visualizações e 6.700 gostos;
– I – o resto da tua vida_a descoberta – 854.000 visualizações e 50.000 gostos;
– II – o resto da tua vida_o passado – 644.000 visualizações e 37.000 gostos;
– III – o resto da tua vida_a estratégia – 610.000 visualizações e 35.000 gostos;
– IV – o resto da tua vida_o recomeço – 552.000 visualizações e 39.000 gostos;
– V – o resto da tua vida_falsear amizades – 482.000 visualizações e 32.000 gostos;
– VI – o resto da tua vida_o casting – 593.000 visualizações e 48.000 gostos;
– Videoclipe – o berro – 833.000 visualizações e 56.000 gostos.
Antes do projeto com João André, o vídeo de Carlos Coutinho Vilhena com mais visualizações era Bon Vivant – Início de Namoro #2.10, com 302.000 visualizações e 7.200 gostos.
Este gráfico ilustra bem o pico de crescimento do canal do Carlos Coutinho Vilhena, quer em número de visualizações quer em número de subscritores. Vemos que em Abril de 2019 houve um pico de visualizações e de subscritores, coincidente com o início da série.
A série divulgada no canal de Carlos Coutinho Vilhena contou com 6 episódios e, mais recentemente, um videoclipe. No total, a série ultrapassou os 3.000.000 de visualizações e nenhum dos vídeos, tirando o teaser, teve abaixo de 30.000 gostos.
Quanto ao canal de João André, foi criado durante a série, a pedido de Carlos Coutinho Vilhena, e atingiu rapidamente os 70.000 subscritores. Foram criados apenas dois vídeos sendo que o primeiro teve 635.000 visualizações e o segundo teve 379.000. Desde então não publicou mais.
Estes dados têm uma significância maior uma vez que nos estamos a referir a um curto espaço de tempo. Falamos das redes sociais, não das filmagens. As filmagens iniciaram-se em 2018.
O que estava a ser vendido era o “produto” João André. A série conta um pouco da sua história, apresenta os seus amigos e família, mostra-nos um pouco da sua rotina e leva-nos na sua nova jornada. O tom utilizado ao longo da série é cómico e leve, o que seria de esperar vindo de Carlos Coutinho Vilhena.
À primeira vista, parece que a série foi feita sem nexo. Que todo este processo foi um grande golpe de sorte, mas enganam-se. Houve um grande processo estratégico por detrás deste projecto e é por isso que ainda estão a recolher frutos.
Conseguimos ver que existe um encadeamento lógico entre os episódios, e que não são apenas episódios soltos. É um processo, de reformulação e superação de feridas antigas, que culmina num João André mais confiante e com “mais trabalho”.
As marcas começaram a perceber que a criação de vídeos desligados da venda direta de produto têm melhores resultados em termos de engagement, e dão maior retorno a longo prazo. Podemos verificar que mais marcas começam a apostar em conteúdos formatos de vídeo, tais como séries. Um bom exemplo é a Delta Q. Esta criou uma série chamada “A Vida Começa Agora”, sem a mesma dimensão que “O Resto da tua Vida, em que retrata a vida de uma YouTuber.
Um exemplo mais próximo do vídeo documental, é o caso das Lojas com História. O site criado pela Câmara Municipal de Lisboa apostou na criação de vídeos que dão a conhecer as pessoas, os costumes e as tradições de lojas que sobrevivem ao passar dos anos. Dá um toque mais humano, criando uma maior intimidade com a sua audiência. É uma forma “humana” de vender, sem vender.
Já a Super Bock é um excelente exemplo de uma marca que apostou na criação de conteúdos vídeos de qualidade. Nos dias de hoje, comunica cada vez menos produto e passou a comunicar mais emoções. Recentemente lançou uma campanha especial para comemorar o aniversário Hip Pop nacional. Em 25 anos de Inspiração vemos a presença da marca Super Bock ao longo do vídeo mas, claramente, o foco é a mensagem e as emoções que este transmite.
-Começamos pela mais óbvia, Social Media Marketing: A forma como Carlos e a sua equipa catapultaram as redes sociais de João André para outro nível foi impressionante. Estamos a falar de consistência e critério nas publicações, a utilização dos stories para fazer teasers, e muito mais. A estratégia passou sobretudo pelo canal de YouTube e pelo Instagram. No YouTube foram divulgados os vídeos e o teaser inicial, no Instagram foram sendo feitos teasers e publicadas fotos de behind the scenes (muitas delas com influencers).
–Influencers: a utilização de outros influencers. Por si só, Carlos Coutinho Vilhena já acrescentava uma base de seguidores bastante grande. Mas foi possível ver João André a interagir com diversas caras conhecidas dos portugueses – falamos de Manuel Luís Goucha, Filomena Cautela, Júlio Isidro, Diogo Morgado, Pedro Teixeira da Mota, Rui Unas, Sérgio Godinho e muitos mais. Esta interação aumentou o alcance de João André, voltando a coloca-lo num patamar de “vedeta”. A interação com estes influencers foi divulgada em programas de TV, no YouTube e nas redes sociais. Também levou Carlos Coutinho Vilhena e João André a atuarem no NOS Alive com Pedro Teixeira da Mota e Sérgio Godinho. Como mencionámos acima, muitas destas personalidades marcaram, também, presença na conta de Instagram de João André. O facto de o vermos a relacionar-se e a receber o apoio destes influencers gerou um buzz enorme.
–Parcerias: De momento não sabemos ao certo se o João aceitou alguma parceria mas dedicaram um bloco do último episódio a esta temática. Falaram da importância das parcerias e da importância de ser seletivo com as mesmas. A série, em si, contou com o apoio da Cidade FM.
–Marketing Viral: Começamos logo pelo facto de a série ser em formato de vídeo e ter sido divulgada nas redes sociais. Dados da Brightcove, revelam que os vídeos nas redes sociais criam 1200% mais engagement do que texto e imagens em conjunto. Para além disso, utilizaram técnicas de marketing de influência e optaram por utilizar um tom de comunicação cómico e leve.
–Buzz marketing: Também conseguimos identificar facilmente esta técnica, diretamente ligada ao Marketing Viral, sobretudo quando analisamos os resultados da série. O objectivo desta técnica é de que o maior número de pessoas possível fale do nosso produto ou marca, criando engagement e awareness. Não passa por vender diretamente o que temos para oferecer, passa por expor as valências do mesmo. O “buzz” em torno de João André foi tal que nos dias de hoje toda a gente sabe quem este é.
Vê o exemplo do impacto do Buzz Marketing na série Game of Thrones.
–Product placement: Ao longo da série vamos vendo pequenos product placements, muito subtis.
A série fez de João André uma verdadeira vedeta. Todos queriam convidá-lo para os seus programas, muitas foram as ofertas de ajuda e apoio de outros influencers, várias foram as capas em que figurou, estava nas bocas e nos ouvidos de toda a gente. Fez correr muita tinta. Foi graças à série que foi convidado para o Você na Tv, 5 para a Meia Noite e Maluco Beleza. Teve a possibilidade de conhecer e reconectar-se com várias celebridades e ex-colegas. Mas o culminar do sucesso e do impacto da série foi quando teve a oportunidade de atuar com Sérgio Godinho no NOS Alive.
Há 4 meses poucos se lembravam ou falavam de João André, hoje ninguém esquece ou confunde o nome.
Podemos dizer que João André já era conhecido, por ter participado na série Morangos com Açúcar, mas a verdade é que já não se ouvia falar do ator há algum tempo. Para ser sincero, com este mediatismo todo, já não ouvia falar desde os “Morangos”!
Isto a que assistimos, mais uma vez, ficção ou realidade, foi um excelente golpe de marketing. Aquilo que gosto de chamar “social media done right”! Estamos a falar de uma série que gerou todo este burburinho e que nos fez ansiar pelo sucesso/futuro de João André (e do Carlos também), culminado pela ânsia de assistirmos ao regressar à televisão! Correu muito bem, mas a verdade é que tinha tudo para ser um fracasso. Pegar na carreira de um artista, sem experiência, que já estava fora da ribalta há algum tempo e “pôr de parte” a sua foi um ato corajoso e arriscado de Carlos Coutinho Vilhena! Mas no fim de tudo foi um win-win para os dois, e o próprio Carlos admitiu em entrevista ao Público que não fez como um ato de caridade.
Não temos dados que comprovem, financeiramente, o impacto que as redes sociais tiveram, mas a verdade é que a popularidade de João André aumentou exponencialmente. Não vemos isso apenas pelas suas redes sociais – o ator diz que tem recebido dezenas de chamadas para reservarem lugar para o seu espetáculo de teatro. Para além disso, conseguiu, no último episódio da série, uma audição.
O futuro de João André continua uma incógnita, a única coisa que tenho a certeza é que não vou querer perder nenhum desenvolvimento da sua situação.
Esta série, do ponto de vista do Marketing, foi um golpe de génio.
Carlos Coutinho Vilhena pegou num bom conceito e fê-lo brilhar num formato não-convencional.
Produziu uma série, com bastante qualidade e bastante consistente. A edição e o conteúdo foram muito bem trabalhados, assim como toda a estratégia de Marketing desenvolvida.
Falamos da reformulação completa das redes sociais de João André, a utilização de técnicas como o Marketing de Influencers e Marketing Viral.
Esta série é um statement de que o Marketing Tradicional já não tem o mesmo impacto e que é imperativo apostar nos novos canais de comunicação.
Insights que podemos retirar: Não apostar simplesmente no Marketing Tradicional; Apostar numa estratégia de comunicação variada e adequada ao nosso público-alvo; não ter medo de “sair da caixa”; estar a par das tendências (quer em formato, quer em tipo de conteúdos).
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