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Será que o Mastodon irá acabar com o Twitter?

Comunicação Digital | 11 Abril 2017 | Miguel Menaia

Com apenas seis meses de existência, o Mastodon tornou-se numa das redes sociais mais badaladas do momento, tendo chegado aos órgãos de comunicação social como a alternativa perfeita ao Twitter. O facto de apresentar uma proposta parecida à da rede social do pássaro azul conferiu-lhe alguma credibilidade, mas foi o seu crescimento repentino – derivado do facto do Twitter ter alterado o seu sistema de respostas– que originou o buzz nos media.

Actualmente com cerca de 150 mil utilizadores – a maior parte deles recém-chegados à plataforma -, o Mastodon permite que se escrevam até 500 caracteres por publicação (o equivalente a três tweets), funcionando em formato open-source. Esta rede social de microblogging destaca-se, também, pelo facto de ser altamente customizável e descentralizada – na plataforma, os utilizadores podem aderir à sua própria instance, isto é, à sua própria rede social, cada uma com características específicas (mas sempre agredadas à plataforma-mãe).

Assim sendo, afigura-se possível o registo simultâneo no mastodon.social e no mastodon.cloud, por exemplo. Estas instances conseguem funcionar de forma independente e de forma conjunta, mantendo o mesmo design e funcionalidades. Portanto, não é de estranhar que o username @van123 esteja associado a várias instances. Assim que se abre uma instance, o username volta a estar disponível, sendo difícil procurar por alguém no site.

Eugen Rochko, fundador da rede social, explica-nos este mecanismo através de uma analogia com e-mails. Gmail e Outlook funcionam de forma independente, mas os utilizadores das duas plataformas podem comunicar entre si. O mesmo acontece no Mastodon.

Para além disso, ao contrário do que se passa na maioria dos feeds das redes sociais populares, o feed do Mastodon é-nos apresentado por ordem cronológica, algo aprazível na óptica do utilizador-comum, que muitas vezes se queixa da volatilidade do algoritmo. Outro ponto interessante é o alcance das publicações: no Mastodon, um toot (assim se chama um post) pode ser público ou limitado a um determinado número de pessoas; já no Twitter, ou o perfil está privado, disponível a um certo número de users, ou o perfil está público. Como tal, não é possível limitar, detalhadamente, a privacidade de tweets.

Irá o Mastodon subsistir?

Nos dias que correm, é complicado ser a Next Big Thing do mundo digital. Muitas aplicações e redes sociais que foram apelidadas nos media como “o próximo Facebook” ou “o próximo Instagram”, acabaram por fracassar, ora por não terem conseguido acompanhar a sua ascensão meteórica, ora porque as plataformas já estabelecidas incorporaram as funcionalidades que as novas traziam ao mercado. Nesse sentido, podemos dar o exemplo do Meerkat, Ello e Diaspora, três plataformas bastante promissoras que não encontraram o seu caminho digitalmente.

Embora tenha qualidades que merecem ser evidenciadas (sobretudo no que diz respeito à privacidade e à disposição de conteúdos), o certo é que interface do Mastodon não é user-friendly, sendo considerada, até, um pouco arcaica. Não obstante, o formato de open-source não satisfaz o utilizador-comum, na medida em que o utilizador-comum necessita de apps intuitivas, com as quais não tem que perder muito tempo inicialmente. E programar código está longe de ser 100% apetecível.

Ironicamente, a rede social tem o mesmo nome de um animal já extinto (embora o fundador, Eugen Rochko, saliente que se inspirou na banda de Metal homónima).
Só o tempo ditará o seu sucesso, assim como o seu modelo de negócio, que poderá – ou não – ser rentável. Por agora, o Mastodon encontra-se sem anunciantes nem investidores, pelo que a única forma de sustentabilidade é o Patreon, onde a comunidade contribui mensalmente com um fee.
Estaremos atentos para compreender se o Mastodon será bem sucedido, ou se não conseguirá mais do que estes early adopters.
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