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Sync.ME: utilidade vs. privacidade

Comunicação Digital | 13 Dezembro 2017 | Miguel Menaia

A utilização de dados em marketing digital é essencial para uma empresa. Enquanto marca, ao conhecermos a audiência, sabemos como esta se relaciona com os nossos produtos ou serviços, quais os seus hábitos de compra, ou quais os seus interesses.

Estar seguro na internet tornou-se, por isso, numa necessidade para todos nós, uma vez que estamos expostos a uma hiper-vigilância de dados. Essa hiper-vigilância existe pelos sites que visitamos, pelas acções que fazemos nas redes sociais, pelo que compramos online e offline, e pelo que divulgamos, também, noutras partes da esfera pública.

O caso do Sync.ME, aplicação bastante popular entre os utilizadores de smartphones, é paradigmático, uma vez que tem tanto de fascinante como de assustador.

Fundada em 2011, esta plataforma indica quem é que nos está a ligar, no caso de ser um número telefónico desconhecido. A aplicação recorre ao crowd sourcing para criar uma espécie de lista telefónica global, sendo que, desse modo, apresenta informações sobre quem nos telefona para o telemóvel (mesmo que o contacto não exista na nossa lista). Perfis do Facebook e do Instagram, avatares correspondentes aos avatares expostos nas redes sociais, e até (!) localizações de GPS – está tudo condensado no Sync.ME. Tudo à distância de poucos clicks.

Como funciona?

De acordo com este artigo do site Pplware, o Sync.ME para funcionar “tem de enviar os contactos de quem usa este serviço para o servidor”. Posto isto, e através de uma call à API do Facebook, a app procura os contactos que estejam ligados à conta do utilizador e que tenham os respectivos números associados. Para além disso, utiliza a lista de contactos dos números que já estão registados.

Ao momento que este artigo é redigido, o Sync.ME já conta com uma lista de 1 413 746 200 pessoas em todo o mundo. São números impressionantes.

É legal?

Tecnicamente, sim, uma vez que a empresa explica bastante bem o seu propósito na sua página de Política de Privacidade – o qual aceitamos, muito provavelmente, sem ler com a devida importância.

No site oficial, podemos ler que o “Sync.ME compromete-se a proteger as informações pessoais que os utilizadores partilham com a plataforma”. “O utilizador tem todas as permissões necessárias para compartilhar as informações dos seus contatos e não tem conhecimento de qualquer objecção, em nome de qualquer de seus contatos de que estes possam ser incluídos (nomes e telefone) no diretório da lista telefónica, que está disponível para outros utilizadores registados”, observa-se também.

Por outras palavras, ao aceitar os Termos e Condições, estamos a dar autorização para que o Sync.ME aceda a todos os nossos contactos e que garanta, também, o seu acesso público.

Numa nota curiosa, a sede desta aplicação está registada em Israel, o que ultrapassa, em larga medida, o raio de actuação da Autoridade Europeia para a Protecção de Dados.

As questões de segurança e privacidade são, por isso, fulcrais, uma vez que a permanente recolha de dados nos diversos momentos da vida e acção de cada um abrem portas a novos regimes de vigilância, bem como a eventuais abusos de informações confidenciais.

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