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Os usos possíveis da Realidade Virtual no marketing

Comunicação Digital | 30 Setembro 2016 | Miguel Menaia

A realidade virtual (doravante também conhecida como virtual reality ou VR) é uma das últimas tecnologias que os marketers estão a tentar conhecer melhor, com o propósito de incorporarem esta tendência na comunicação das suas marcas. E muito embora esta tecnologia só tenha tido um boom nos últimos anos, algumas empresas já encontraram maneiras criativas para fazer marketing, nomeadamente, utilizando os óculos de realidade virtual.

Nesse sentido, o VR está a ser estrategicamente utilizado para:

  • Demostrar atributos do produto, bem como o seu desempenho ou funcionalidades;
  • Comunicar a missão da marca no seu ponto de venda;
  • Proporcionar aos utilizadores uma experiência diferente em eventos de activação de marca – experiência essa que, pelas suas características, é altamente partilhável nas redes sociais;
  • Criar uma dimensão mais imersiva e emocionante a um tradicional vídeo de storytelling.

É certo e sabido que a penetração dos equipamentos de VR em habitações é ainda muito diminuta (como se pode ler aqui), mas, por outro lado, o marketing gerado em torno desta tecnologia consegue ter um efeito bastante viral e instantâneo, talvez por ser novidade.

Neste artigo, iremos dar 4 exemplos de empresas que já utilizaram o seus conhecimentos de Virtual Reality das mais variadas formas, tendo sido bem sucedidas junto dos seus públicos-alvo. Algumas marcas optaram por providenciar este tipo de experiência em loja ou em eventos especiais (naturalmente com gadgets de maior durabilidade e qualidade), enquanto que outras deram a oportunidade ao target de experimentar a realidade virtual no conforto do seu lar (através de smartphones com o Google Cardboard, ou em computadores).

Seja como for que utilizaram este tipo de tecnologia, são inegáveis as suas potencialidades.

1. The New York Times

Um dos mais populares jornais do mundo tem que estar, quase obrigatoriamente, na vanguarda da criatividade e da inovação. Dito isto, é natural que o The New York Times tenha criado uma peça exclusivamente para ser vista em virtual reality.

Em Novembro de 2015, foram distribuídos um milhão de Google Cardboards para muitos subscritores do jornal. Este equipamento permitia a visualização de The Displaced, aquela que foi considerada como “a primeira peça jornalística séria a utilizar realidade virtual”.

Mas desenganem-se os leitores que pensam que o projecto com a Google ficou por aqui: em Maio de 2016, distribuíram-se novamente 300,000 gadgets de VR, desta feita para a divulgação do vídeo Seeking Pluto’s Frigid Heart.

E se o primeiro conteúdo tratava de temas pesados (isto é, a maneira como as crianças lidavam com a guerra), o segundo teve um cariz de entretenimento, mostrando aos leitores do jornal as particularidades do planeta Plutão, criando neles a sensação de estarem mesmo lá.

Para o The New York Times, a virtual reality está a mudar o paradigma do storytelling, actualizando a boa velha maneira de contar histórias – o que pode despertar a curiosidade e imaginação dos leitores mais jovens, que têm ao seu alcance imensas opções para consumir informação actualmente.

2. Coca-Cola

No último Natal, a Coca-Cola (Coca-Cola e Natal são duas palavras quase indissociáveis) criou um trenó em realidade virtual numa das suas campanhas. Ao utilizar o popular gadget Oculus Rift, a marca providenciou uma experiência inovadora a milhares pessoas na Polónia, que imergiram neste mundo virtual onde puderam ser – quase literalmente – o Pai Natal por uns minutos.

A Coca-Cola é, talvez, a maior marca do mundo moderno – daí conseguir ter meios suficientes para fazer brand activations tão criativas e interessantes, que têm tanto de tradicional como digital.

3. Game Of Thrones

A HBO também está a seguir a tendência dos aparelhos de VR e associou essa tecnologia à sua série mais mediática: Game of Thrones. Em 2014, algumas pessoas ligadas à série recriaram o ambiente da Muralha em Castle Black com a experiência Ascend The Wall, ocorrida num dos inúmeros eventos de promoção da então quarta temporada. Basicamente, os fãs puderam experienciar ao vivo, através da realidade virtual, o que é estar a centenas de metros do chão no ponto que separa o Norte de Westeros de tudo o resto. Entrando num elevador que expelia ar frio à medida que a história se ia desenrolando, a experiência Ascend The Wall foi bastante sensorial para quem lá esteve, tendo-se tornado viral nas redes sociais pela sua componente inovadora. 

Num dado curioso, os gráficos foram executados pela empresa The Framestore (a mesma que fez os efeitos especiais para o filme Gravity) e os óculos utilizados foram os Rift, provavelmente um dos melhores equipamentos na área actualmente.

Já em 2016, os produtores da série inspirada nos livros de George R. Martin decretaram fazer algo mais abrangente a todos os fãs, pelo que o conhecido genérico sofreu alterações na sua forma, como se pode ver no exemplo acima. Partilhado no Facebook da série como um vídeo em 360º, este conteúdo contou com mais de 13 milhões de visualizações. Impressionante.

4. Mercedes

No ano de 2014, com o intuito de atrair millennials, a Mercedes-Benz dos EUA lançou uma hashtag (#MBPhotoPass) cujo propósito seria o de divulgar os seus modelos CLA e GLA junto dos jovens. Em função disso, em 2016, a marca foi mais além e incorporou essa mesma hashtag na comunicação digital de um influencer: Kelly Lund, uma celebridade do Instagram que tira magníficas fotografias em zonas paisagísticas, mantendo uma bonita relação de companheirismo com o seu cão Loki (que também tem uma rede com social com 1,2 milhões de seguidores e um canal de YouTube de bastante sucesso).

Nesse sentido, a Mercedes criou um vídeo 360º em realidade virtual onde o cão Loki e o seu dono viajavam, com um dos modelos GLS da marca (que só sai em 2017), pelas montanhas do Colorado. O conteúdo que utiliza esta tecnologia tem 2 minutos e confere uma imagem contemporânea à empresa automóvel, onde o produto é claramente posto evidência.

Os vídeos da Mercedes parecem ter funcionado perfeitamente nas redes sociais, pelo que os seguidores da conta de Instagram cresceram exponencialmente. Para além disso, 40% dos visitantes da marca automóvel estão hoje compreendidos entre os 18 e os 34 anos.

Como se pode depreender, este tipo de campanhas de marketing são essenciais para empresas bastante conceituadas, na medida em que conferem um tom actual, fresco e relevante à marca. E, como sabemos, as marcas que perduram no tempo têm de se reinventar.

O 360º do Facebook também pode ser aproveitado pela tua empresa.

Até agora, as marcas aqui apresentadas utilizaram a tecnologia de VR com sucesso porque, na verdade, possuem excelentes modelos de negócio com grandes equipas de marketing por trás. Todavia, a realidade virtual é uma realidade ao alcance das marcas mais pequenas.

Muito embora esta seja uma tecnologia recente ainda com um custo elevado, consideramos que vai crescer significativamente na próxima década. Um bom indicador disso mesmo é o Facebook: basta olharmos para a rede social para percebermos que apostou, no último ano, nos vídeos e imagens a 360º, que também são uma das ramificações da virtual reality.

Como este tipo de experiência é bastante recente, os vídeos em 360º destacam-se dos vídeos comuns, tendo mais reach e engagement com os utilizadores.

É possível afirmar que, desse modo, estão reunidas as condições para as empresas fazerem marketing utilizando a realidade virtual (marketing esse que, como pudemos observar neste artigo pode assumir vários tipos de forma).

Será fascinante perceber a real incrementação desta tecnologia num futuro próximo, sobretudo pelo processo criativo inerente.

[download file=”https://www.van.pt/wp-content/uploads/2016/05/Os-10-desafios_blogdownload.pdf” title=”Os 10 desafios mais comuns do marketing nas redes sociais”]

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